Foto de : Chuong Doan
Quando crianças, as filhas de Emily Brown foram diagnosticadas com múltiplas alergias alimentares. Os custos exorbitantes dos mantimentos livres de alérgenos fizeram com que Brown procurasse assistência alimentar. Depois de esperar horas no banco de alimentos local de Kansas City, os únicos itens adequados que encontrou foram duas batatas e um pote de molho. “Naquele momento senti um grande desespero, mas também sabia que não estávamos sozinhos”, diz ela. Famílias de baixa renda como a dela enfrentam uma série de problemas: ofertas limitadas de bancos de alimentos, juntamente com políticas federais restritivas de benefícios nutricionais (por exemplo, o WIC, o programa de nutrição do USDA para mulheres, bebês e crianças, permite que os participantes comprem apenas pão integral -trigo). Das 60.000 despensas de alimentos em todo o país, apenas quatro estão totalmente abastecidas com itens reservados para pessoas que necessitam de alimentos seguros para alergias e celíacos.
O que ela fez
Em 2014, Brown fundou a Iniciativa para a Igualdade Alimentar e abriu a primeira despensa de alimentos do país que atende exclusivamente famílias com alergias alimentares em 2015. Uma combinação de alimentos básicos doados de fabricantes de alimentos e agricultores, juntamente com produtos adquiridos com fundos arrecadados localmente, a FEI oferece mais de 200 opções para aqueles no Kansas Área da cidade, incluindo produtos frescos, manteiga de girassol e pão sem glúten. Os clientes com indicação médica selecionam os itens por meio do portal online da FEI e seu pedido é enviado diretamente para sua porta - de graça. “Acreditamos que o nosso modelo é o mais eficaz para o cumprimento da dieta e para a saúde porque aborda o estigma e as limitações de uma despensa física”, partilha Brown.
Por que é legal
Até agora, a FEI colocou perto de US$ 1 milhão em alimentos anti-alérgicos nas mãos dos clientes. Brown também está trabalhando para ajudar hospitais infantis em cinco regiões, de Boston a Denver, a lançar seus próprios programas FEI em 2022. Além disso, ela está aumentando a conscientização sobre o fardo desproporcional das alergias alimentares nas comunidades negras. (Um estudo em Pediatria Acadêmica descobriram que as crianças negras têm 7% mais probabilidade de ter alergias alimentares do que as crianças brancas e são mais propensas a sofrer uma reação anafilática potencialmente fatal.) Brown espera que os dados impulsionem mudanças políticas nos programas de assistência alimentar, garantindo o acesso a alimentos livres de alérgenos. para todos: 'A política é um dos veículos mais fortes para mudanças a longo prazo.'
